Seu moço, que mal pergunto,
O Senhor pode dizer…
Esse tal de zap zap,
O que é que vem a ser? Sou do tempo das cartinhas,
Dos bilhetes perfumados,
Mandados pelos Correios,
Trinta dias sem chegar.
Agora me deram um bicho,
Dentro do meu celular,
Que corre dum lado a outro,
Fofocando pra danar
Leva um recado e traz outro
Nem dá tempo de pensar.
Esse bicho que ganhei,
Do meu “fio” de presente;
É um bicho redondinho,
Mais parece uma semente;
Pula dum lado pro outro Mas não vejo ele avoar
Quando leva uma mensagem,
Nem também vejo chegar. É verdinho como folha,
Se parece uma gotinha
Bicho da “gota serena”
Credo, cruz, eu vou pirar.
Seu moço, acho que o bicho
É mesmo aqui do Nordeste
É ligeiro como a peste E pra ser verde parece
Que come mandacaru
Ou então se alimenta
De palma e maxixe cru.
O bicho é muito safado
Pois não me deixa dormir
Com o seu cacarejado
Turututu , tirititi
E passa a noite comendo Até mesmo a bateria
O cocô é numerado
Número de bola vermelha Até amanhecer o dia.
Tenho de botar na carga
E limpar a porcaria.
Meu “fio” não me ensinou
Como é pra programar
Ou mesmo como soltar
Acabar com o cacarejo.
Seu moço leve daqui
Salve esse sertanejo
Faça dele o que quiser Pode até matar o bicho
Isso é coisa do capeta
Que nenhum matuto quer.
Obrigado, filho, por publicar.
Gostei muito, engracado e original!! Parabens!!!!
Fantástico tio
Dom Gegê é um Gênio.