A saga Big Luiza Teló

Resolvi sair um pouco do escopo de conteúdo de meu blog (ou não) para falar destes temas porque me preocupa um pouco a atenção que estamos dedicando ao besteirol nosso de cada dia.

Na verdade, acho mesmo é que estou um pouco confuso com toda essa mistura de meme da Luiza, a futilidade do BBB que se transformou em embate jurídico (nas nossas cabeças apenas), e o hit do Michel Teló, uma virose (com direito a febre, dores no corpo, e chá de limão com alho).

Dedicamos muito pouco (ou quase nada) ao próximo, às causas sociais, ao ano eleitoral, aos escândalos ministeriais, às vidas perdidas em acidentes de trânsito, aos desamparados no Brasil, aos desabrigados das enchentes no Sul e Sudeste, ao meme “Apadrinhe uma criança”.

Eu entendo.

Em nosso cotidiano, procuramos “besteiróis” ao final do dia. O ser humano necessita, ao chegar em casa, de algo light, para desacelerar sua mente, limpa-la das angústias e preocupações. Mas… e a família? Amigos? Filhos? FaceBook? (ops, este já está cheio de Big Luiza Teló).

Vamos começar pelo final… gosto musical é algo que diz respeito à individualidade: cada um tem o seu, e ninguém tem o direito de impor seu gosto sobre o do vizinho. O que realmente me incomodou foi a IstoÉ desta semana incluir o Teló entre as 100 pessoas mais influentes em 2011…

Meu vizinho ainda não aprendeu que não deve impor seu gosto musical, ou influenciar o meu (marrrrrrdita IstoÉ)… porque toda noite me submete a uma sessão “telosiana”. Ai se eu te pego… te amarro na minha caixa de som e você vai ter que ouvir Chop Suey do System of a Down por duas semanas.

A Luiza… bem, coitada. Estava no Canadá, tranquila em seu intercâmbio, subitamente interrompido por seu pai em um pronunciamento inocente e despretensioso (?). Acho mesmo que ele estava com saudades, e acabou conseguindo a antecipação de sua volta… de graça, e com bônus. Ela agora está de malas prontas para Punta Del Este, no Uruguai. Pensando bem… coitada nada!

Por fim, e não menos importante, e não menos incômodo, a Globo conseguiu! O movimento contra BBB que se antecipou ao programa nas redes sociais apenas cutucou as mentes criativas globais para que um episódio fosse maquiavelicamente criado a ponto de movimentar todos ao seu redor: prós e contras BBB.

Deu certo! Estamos debatendo sem parar nas mesmas redes sociais sobre o programa. O resultado deste embate vai acabar virando tese de doutorado de algum sociólogo ou jurista…

O carnaval está chegando… e até acho que serão engraçadas e criativas as fantasias de Luiza e de BBB (Big gangBang Brasil). Mas as bandinhas de frevo das ladeiras de Olinda entoando “Ai se eu te pego”… aí é demais!

Luiza, já que você vai viajar de novo, leva o Teló pra Punta… e o BBB… ah, deixa pra lá – não sou jurista nem sociólogo mesmo…

2 comentários em “A saga Big Luiza Teló

  1. Ah! Edson, estou até enjoada de tanto ver a cara de “inocentinha” que a Luiza faz, apontando um tipo de mulher ingênua e pronta a ser usada pelos marketings da vida.
    Realmente, quanto ao BBB dos Bobos não vejo, não quero essa coisa entrando pelas minhas cansadas retinas.
    A Isto é ficaria pobre se dependessse de mim: ela reflete a parcela da população que se encanta com coisas passageiras e quer torná-las eternas. O tempo é nosso amigo, vai depurar tudo isso e deixar que apareçam as verdadeiras pérolas humanas que existem.
    Para mim, vc é uma dessas raras presenças jovens pensantes e atuantes. Escreva, escreva, sem medo de ser feliz!
    Felizmente temos coisas bem melhores pra ver na TV, embora precisemos de lupa pra ver bem e não nos deixarmos enganar pelas aparencias.
    Parabéns pelo post.

  2. Boas Edson,
    Se fosse somente isso acho que estava bom. A muitos anos as novelas vem pulverizando uma ditadura subliminar que me apavora. Eu que odeio os canais abertos da tv Brasileira, fico pensando “O que querem com as novelas?” não a GLOBO, que esta eu sei o que quer, mas a população. Será que ficam aliviados quando vê o mocinho salvando o dia da mocinha, ou ficam contentes quando o malvado(a) mata um?!?!?
    Confuso, preocupante…é por isso que procuro me ocupar com coisas “Fora de Moda”. Minha namorada fala que sou muito velho nos meus pensamentos e eu respondo “é isso que me salva!”.
    Mas um velho ditado me veio agora ” O que seria dos espertos se não fosse a mídia”…não, não é assim….hum…”o que seria dos empresáriaos se não fosse os burros”….acho que também não é assim….(hehehe)

    Abraços Comandante!
    Bom Carnaval pro cê!

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