Uma das principais questões que enfrentamos ao decidir morar fora do país, senão a mais importante: qual visto devemos solicitar?
O visto escolhido determinará o tempo que poderemos permanecer no país e também quais direitos e deveres teremos. E cada visto também representa custos diretos, do processo de obtenção do visto em si, e indiretos, como a necessidade de contratar um plano de saúde privado.
Turismo
O visto de turismo permite, em muitos países, permanecer e residir por até 6 meses – porém, sem trabalhar ou estudar. Se você trabalha de casa, esta pode ser uma opção viável. Li recentemente um blog de um profissional da área de marketing que morou em uma dezena de países, 5 a seis meses em cada, trabalhando de casa e… como todos nós sonhamos, aproveitando a vida, conhecendo novos lugares e pessoas.
Este visto é também denominado como residente temporário – o que significa que pode ser estendido em alguns casos/países. Em alguns países há cursos de idiomas para residentes temporários – mas estudar em uma universidade ou frequentar um curso técnico é proibido.
No Canadá, casais podem optar pelo visto de estudante porque o conjugue tem direito automaticamente a obter visto de trabalho. É um dos caminhos adotados para quem quer imigrar: após conclusão dos estudos é possível aplicar para visto de residência permanente.
O primeiro passo para obter um visto de estudante é pesquisa procurar pelo curso e universidade (escola) que deseja ingressar, verificar os requerimentos da instituição, e realizar a matrícula. A partir daí, a maioria das escolas e universidades irão oferecer orientações, além das informações disponíveis nos sites governamentais (exemplo: Study in Québec).
Nota: assim como no Canadá, na maioria dos países a obtenção do visto de estudante obriga (estudante, conjugue e filhos) a realizar exames de saúde, comprovar recursos e renda mínimos para viver no país, e contratar plano de saúde privado para o período dos estudos.
Trabalho
Obter um visto de trabalho não é tarefa simples. Muitos países exigem que você tenha uma oferta de emprego já em mãos para conceder este visto. Normalmente o processo de obtenção do visto de trabalho inicia pelo envio de uma carta de contratação / oferta de emprego – passados os trâmites da própria empresa para seleção e contratação.
Alguns países, como o Canadá, possuem programas especiais para pessoas que possuem qualificação (comprovada por diplomas e histórico de trabalho) para que solicitem visto de trabalho sem ter uma oferta. No caso do Canadá, é possível ver uma lista destas áreas, requerimentos e orientações (Federal Skilled Worker) no site do governo dedicado à imigração (Immigration Canada).
Algumas vantagens do visto de trabalho são: normalmente dão direito à saúde pública ou o empregador é o responsável por contratar a saúde privada, o status de trabalho é geralmente estendido ao conjugue permitindo que ele(a) procure um emprego, e o visto de trabalho permite aplicar para residência permanente no país em um espaço de tempo mais curso.
Imigrante
Vistos de imigração estão condicionados à: refugiados, pedidos de asilo, ou programas especiais de determinados países, como o Canadá. Nos dois primeiros casos é preciso pesquisar quais circunstâncias caracterizam a elegibilidade para solicitação do visto.
Para os programas especiais, o exemplo do Canadá é o mais conhecido mundialmente. A partir de seu país de origem, você pode registrar-se para imigrar e seguir uma série de etapas que vão do idioma à capacidade financeira, além de entrevistas e exames. É um processo longo cuja única vantagem é poder realizar a partir de sua casa, seu país de origem. Mas possui um custo alto e exige perseverança – pois duram, às vezes, mais de 5 anos para serem emitidos.
Arrumadinho.
Não… não. Se você pretende imigrar para um país, o pior caminho a seguir é o da ilegalidade. Tentar viajar para o país como turista, trabalhar ilegalmente, procurar brechas na lei… indiscutivelmente não é um caminho viável. Lembre-se que, no momento em que você estiver por se tornar residente ou mudar cidadania, tudo que você fez de errado entrará na balança. Além disso, você não terá nenhum direito garantido, correndo o risco de deportação da noite para o dia.
Quem tem um amigo na praça…
Pedir ajuda é sempre um bom primeiro passo. Mas não é justo esperar que aquele seu amigo/colega com quem você não fala há uma década vai se te mandar um passo a passo e assumir todas as tarefas que você deve realizar.
Peça dicas de sites, pergunte como foi a experiência dele(a), e aceite de bom grado até onde ele(a) se oferecer para te apoiar. Ele(a) pode ainda estar super atarefado com seu próprio processo e, mesmo que não esteja, este é um caminho para você percorrer, não para pegar uma carona.
Uma boa dica que você pode pedir é indicação de agências de imigração/turismo, independente do visto ser de imigrante, turismo, trabalho ou outro. O custo destas agências pode parecer alto, mas irão poupar tempo e dinheiro no futuro – pois ao cometer um erro em um processo ou escolher o caminho equivocado, pode-se gastar com taxas e tarifas indevidas, e até mesmo ter que recomeçar todo o processo (been there, done that).
Os exemplos aqui listados são restritos de minha experiência pessoal com os Estados Unidos e o Canadá – por isso é importante buscar informações mais detalhadas do país que for escolhido. Outras opções mais baratas ou adequadas ao sonho e necessidade podem estar disponíveis.
Ola Edson
Como vai?
Fiquei feliz que vc reativou seus posts ..são sempre muito úteis.
Por onde anda? Está morando fora do Brasil ?
Um abraço
ana Carla
Enviado do meu iPhone
Olá Ana ! Que bom que são úteis! Vou te mandar notícias pelo LinkedIn. Forte abraço!