Nos últimos dias me dediquei a buscar fábulas e contos poucos comuns, mas que tenham uma conexão com a atualidade, ou com os assuntos que são abordados neste blog.
Dentre os que encontrei, não poderia haver melhor texto que “A Flauta Mágica” para o curso do qual sou atualmente um dos facilitadores (PMD Pro1 – Curso para Certificação Internacional em Gestão de Projetos Sociais). O texto também reflete o momento pessoal de minha carreira.
Todos nós, gerentes de projetos, acabamos por nos deparar com respostas, métodos, planilhas e softwares mágicos (assim como a flauta), que são irresistíveis por representar uma solução prática e automatizada para nossa gestão e monitoramento.
Sim! Os métodos, metodologias, ferramentas e softwares são essenciais em nosso trabalho. Porém, muito além do instrumento, como o utilizamos em cada situação e projeto é que definirá nosso sucesso, e do nosso projeto – adaptação, adequação, atenção ao contexto e ambiente.
Não posso me delongar… do contrário, irei estragar a leitura do conto “A Flauta Mágica”. Espero que a leitura fomente o leitor a expressar sua opinião e compartilhar experiências semelhantes ao do caçador… (leia o resto do post…).
A Flauta Mágica
Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.
Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África.
Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre.
De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar.
Foi fuzilado a queima roupa. Horas depois, um sobressalto.
A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore.
Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso dançou.
Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros.
E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.
Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto.
A Flauta soou, mas o leão não dançou.
Ao contrário, atacou um dos amigos do Caçador flautista, devorando-o.
Logo depois, devorou o segundo.
O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum.
O leão não dançava.
E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado.
Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles “falou” com sabedoria: – Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho.
Moral da História:
Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo: Um dia podem falhar…
Tenha sempre planos de contingência.
Prepare alternativas para as situações imprevistas.
Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se.
Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.
“Cuidado com os leões surdos”.
Texto enviado por Sylvia Richieri e
publicado em http://sites.br.inter.net/jerry/,
acesso em 04/04/2012
Muito bom! Não serve somente para o trabalho, serve para vida.